22 de abr. de 2013

Interesse dos players pelos MMORPG’s



Sem dúvida um dos jogos mais esperados para o ano de 2013 é o The Elder Scrolls Online. Pela primeira vez a aclamada e bem sucedida franquia terá um jogo onde os personagens dos players poderão interagir entre si. Assistindo um vídeo de um gamer, achei interessante o comentário dele sobre o jogo. Apesar de afirmar acreditar que será um bom jogo, ele dizia que, em sua opinião, o jogo acabará “morrendo” com o tempo. Achei tão interessante, que resolvi escrever um post sobre o assunto.


 
Se criássemos um gráfico interesse x tempo nesse tipo de jogo teríamos, a meu ver, algo parecido com isso:

No começo do game há um elevado crescimento do interesse. Isso ocorre por que ver seu personagem subindo de level, ficando mais forte, aprendendo novas habilidades, liberando novas áreas a serem exploradas e etc, gera uma satisfação muito grande ao jogador. Começar a enfrentar monstros mais fortes e até fazer as quests mais básicas do game também é muito chamativo já que tudo é novidade.

Ao longo do desenvolvimento do personagem muitos rpg’s vão introduzindo novos elementos, como crafting, pets, itens cosméticos (usados apenas para o visual), instâncias, tasks, dentre outros. Tudo para deixar o player ainda mais envolvido com o game. Alguns chegam ao ponto de viciar e passar horas e horas desenvolvendo e personalizando seu personagem. É o que pode ser visto no crescimento mais acentuado do gráfico.

Até que o jogador chega ao level cap (level máximo do game). Nesse ponto começa o chamado end-game. É claro que nem todo rpg tem level cap, mas é uma tendência que a maioria parece estar seguindo. Nesse ponto não há mais muito o que fazer para deixar o seu personagem mais forte. As quests já estão repetitivas demais para despertarem alguma vontade de jogar. Alguns jogos liberam instâncias ou dungeons (normalmente feitas(os) em equipe) para que o player consiga novos equipamentos que o deixem mais forte e por um tempo é até legal completar essas missões, mas chega um ponto que cansa.

Nesse momento (em alguns casos antes) é introduzido o PvP. Essa ideia sim é bem interessante e é capaz de manter o player ligado no jogo por mais algum tempo. Observe que, no gráfico, há um momento que o interesse deixa de cair e apenas se mantém. Mas aí há outras questões a serem vistas: o sistema de combate do game, o balanceamento das classes, as vantagens que um jogar vip (ou p2p) pode ter em relação a um jogador free (f2p) num duelo, etc. Tudo isso tem que estar perfeito para tornar o PvP do game atraente, do contrário há outros jogos com essas características.

Mas o tempo vai passando e como quase tudo que é rotina um dia acaba cansando, mesmo um PvP perfeito não é capaz de segurar o player por muito tempo. O interesse levemente vai caindo até que um dia o jogador não tem mais vontade de logar na conta. É exatamente essa barreira do tempo que tem sido o grande desafio dos desenvolvedores do gênero. 


Na foto temos o MMORPG Aion. Lançado em 2009, o game teve um absurdo sucesso de 450 mil cópias vendidas antes do lançamento e quase um milhão nos dois meses seguintes. Menos de um ano depois, a população do game tinha decrescido tanto que a NCSoft, criadora do game, anunciou a queda de servidores do número de 12 para apenas 4.




Algumas desenvolvedoras criam novas versões dos jogos para manter os players conectados (Como Guild Wars 2 e Diablo 3). As expansões também são sempre bem vindas. Mesmo assim cedo ou tarde a procura pelo jogo vai diminuindo e ele acaba “morrendo”. E você o que pensa? O que mudaria no gráfico acima? Será que algum dia um MMORPG conseguirá vencer essa barreira?

3 comentários:

  1. Difícil pergunta. Eu acho que o Warhammer nline teve todo o potencial desperdiçado... Se focassem mais no pve, como o do wow, e mantivesse o rvr e o pvp equilibrado entre classes e facções, seria um sucesso estrondoso.

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  2. Enquanto cada jogo que sair quiser ser um "WOW Killer" e copiando o próprio WOW, isto vai continuar a acontecer.
    A mim, parece-me que o futuro vai ser dos MOBA.

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    1. Concordo plenamente com você. Até os vídeos do TESO que poderia ser a salvação para os MMORPG's, seguerem uma cópia do WOW. Enquanto isso os MOBA só crescendo.

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